O Ibovespa iniciou a semana em alta nesta segunda-feira, 8, puxado pelas ações de commodities, com destaque para as ações da Petrobras e da Vale. O principal índice da B3 subiu perto de 1%, apoiado na valorização dessas empresas, que são as ações com maior peso no índice.
No entanto, nesta terça-feira, 9, a Ibovespa Futuro opera com leve queda nos primeiros negócios, com investidores repercutindo o tom firme da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), enquanto a desaceleração das importações da China e o impasse sobre o teto da dívida dos Estados Unidos pesam sobre os mercados externos.
A Vale e outras siderúrgicas brasileiras estavam aguardando ansiosamente os dados de exportações e importações da China. Os números de abril indicaram o ritmo da economia chinesa, que é a segunda maior do mundo e tem grande impacto no mercado global.
Enquanto aguardavam, as expectativas estavam sendo alimentadas pelo salto do minério de ferro no mercado futuro chinês (Dalian).
O contrato futuro mais líquido da commodity metálica, com vencimento em setembro, fechou em alta de 2,62%, a 705 yuans a tonelada métrica, após ajustes. Durante o pregão, o minério de ferro oscilou entre 722 yuans a 694 yuans, fechando a 721,50 yuans antes dos ajustes.
A Vale está entre as empresas que mais se beneficiam com a demanda chinesa por minério de ferro. No pré-mercado em Nova York, os recibos de ações (ADRs) da Vale subiam 1,51%, reagindo aos ganhos do minério de ferro e antes dos dados da China.
Essa ansiedade se justifica, já que as exportações da China tiveram um crescimento expressivo no primeiro trimestre de 2021, impulsionadas pelo aumento da demanda global por equipamentos eletrônicos, máquinas e equipamentos médicos, além de produtos têxteis e de vestuário.
No entanto, a situação atual é complexa, com um desequilíbrio crescente entre oferta e demanda, aumento dos custos e a pressão de governos para reduzir a emissão de poluentes, o que pode levar a uma queda na demanda por minério de ferro.
Na China, dados de saldo comercial piores que a expectativa mostraram uma diminuição nas importações e crescimento mais lento das exportações. De acordo com a XP, os dados são mais um sinal que a recuperação no país ainda não engrenou como se esperava.
Os analistas da Guide ainda explicam que a recuperação ainda lenta do consumo interno, junto da recente piora das perspectivas com os Estados Unidos, pinta um quadro de “enfraquecimento da economia global”.
No Brasil, o investidor debruça sobre a ata do Copom. Segundo a Guide, o mercado busca informações que o auxiliem a calibrar expectativas com os próximos passos do BC após o comunicado trazer linguagem levemente mais branda.
No pano de fundo, o mercado também segue acompanhando o trâmite do novo marco fiscal no Congresso, onde possivelmente o texto deverá enfrentar mudanças que visam o deixar mais robusto.
De qualquer forma, é importante destacar que a economia global está em constante mudança, e que os dados de hoje podem não refletir a realidade do mercado amanhã. Por isso, é fundamental que as empresas estejam sempre atentas às tendências e mudanças do mercado, para que possam se adaptar e se preparar para o futuro.